EXPERIENCIAS DE UMA TRANSIÇÃO CAPILAR.

Não me responsabilizo por todo ou qualquer transtorno psicológico ou pesadelo causado por minhas fotos de antes do cabelo natural.

Todo mundo que já passou por essa fase tem uma boa (ou péssima né) história pra contar sobre esse momento. Muitos optam pela transição por auto conhecimento, outros para emponderamento, voltar as origens ou por querer mudar simplesmente. Eu decidi fazer a transição e não foi por nenhum desses motivos. Na verdade, eu só queria um cabelo saudável para eu poder pranchar de novo sem me preocupar.
 Vamos do começo? (eu juro que não vou falar demais, ok?ok) Quando eu usava o cabelo alisado, eu de verdade, não conseguia me ver de outra forma. Fui criada em escola particular onde eu era a única que chamavam de negra, as outras negras eram chamadas de morena (o atual afro-bege) e tinham o cabelo cacheado que quando alisado, ficava bem melhor que o meu (sofroh). 
Deus sofria comigo por todas as vezes que eu pedia aos céus e reclamava o porquê de eu não ter nascido com o cabelo liso.


Bonita pra caramba né? (por favor, não responda) 



Nada a declarar, mas esse é o resultado da texturização com coquinhos.
Eis que um belo dia (não tão belo assim, exagerei), eu fui fazer um trabalho de escola sobre festas e um amigo meu jogou aquela espuma de festa, sabe? (espero que saiba pois não sei explicar de outra forma não rs) no meu cabelo, e irmãs e irmãos, muito cabelo saiu na minha mão junto com a espuma. Meu cabelo quebrava na minha mão. Nesse dia eu falei: acho que chega né? E depois dali, eu nunca mais passei química no meu cabelo.
E que comece a transição capilar, não é mesmo? Fui focada e decidida (logo eu pisciana completamento indecisa) a ter um cabelo saudável e pra mim a única opção era deixar crescer para poder começar do zero.
Eu achei melhor ir cortando aos poucos, pois meu cabelo responde super bem a corte (por mais que eu tenha pavor de cortar o cabelo, choremos. Quem tem esse pavor me add).
Da última pra essa foto, o salto foi olímpico.

Durante a transição, eu usei a texturização como a salvação, a Beyoncé na música, o 150bpm no funk, o cancelamento pro MC Biel, era o tamanho da importância da texturização pro meu cabelo. Eu usei o método das tranças e os coquinhos. Mas era todo santo dia, até dia que não era santo, fazendo texturização (retorno a dizer, sofroh).

Depois de eternos 8 meses de transição, eu fiz o BC (big chop = grande corte) e foi um choque muito grande no início, até porque eu não gosto de cortar cabelo de jeito nenhum ( eu já disse isso né?). Depois do BC eu me agarrei na sequencia de coque, coque.


 Mesmo com tudo isso, eu não sei explicar mas a liberdade que eu sentia depois do BC, era absurda. Uma mistura de EU VENCI ISSOOO, OBRIGADA A TODOS QUE ACREDITARAM com MANO, E AGORA?
Sei que foi incrível finalmente me ver como realmente sou e gostar do que tava vendo, sabe? Foi ali que minha autoestima (antes negativa de tão baixa) começou a crescer.

Transição ou é um passo grande ou um passinho de cada vez mas o final é que conta. Se você se prefere de cabelo liso, alise. Se você se prefere de cabelo cacheado, cacheie. Só se encontre e se  ame porque isso não tem preço nenhum.




(eu prometi que ia falar pouco, viu?)


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Comentários

  1. que coisa linda, miriã! que relato bom viuu... é sempre muito bacana a gente ver que as pessoas estão fazendo algo em prol da sua própria saúde psicológica e que massa você ter passado por todo esse processo da transição capilar e estar bem consigo mesmo hoje em dia( não é muito dificil notar sua felicidade né rsrs), e pelo visto SEMPRE mantendo esse sorriso lindo que contagia. Continue assim amada, espalhando felicidade, bons sorrisos e a encorajar outras a passarem por esse processo! Um bêeeeejo, Pedro Lucio. ♥

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